Morar em
coletividade, hoje chamada de condomínio, remonta a épocas
muito antigas.
De acordo
com os padrões egípcios, os não nobres
viviam com suas famílias em povoados compactados, com casas juntas umas às
outras, como exemplo: as cidades dos
construtores de Senuosret II (1878-1897 a.C), artesões qualificados que
construíram as tumbas dos Faraós.
Na idade
média, o povo romano já construia casas em comum. Pela formação dos povoados e
dificuldades encontradas naquela época, esse povo morava nesse
tipo de moradia, que se assemelha às nossas construções modernas. Claro,
hoje, com mais sofisticação e conforto. No ano de 1720, na França, devido a um
incêndio, onde um número grande de pessoas
perderam suas casas, levou os administradores da cidade a encontrarem
uma saída para seu povo. Na época, a corte francesa encomendou a um arquiteto, um projeto que
deveria agrupar pessoas em comunidades
de três ou quatro famílias em
grandes casas parecidas como
nossos condomínios horizontais de hoje.
Os Incas nos deixaram um legado de
construções coletivas que se assemelham
aos condomínios com áreas comunitárias comuns.
Este tipo de
moradia não é criação do mundo moderno, mas sim um legado de nossos
ancestrais. Não encontrei na literatura
registros de como essas pessoas do passado resolviam seus conflitos em
comunidades que, com certeza eram muitos porque o conflito faz parte da natureza do homem.
Com o
desenvolvimento urbano e aumento da população, obrigou o homem moderno a buscar
um maior aproveitamento do espaço, tempo e dinheiro. Hoje, nas grandes
metrópoles do mundo, encontramos belíssimos e luxuosos condomínios de alto
padrão que requerem, cada vez mais, profissionais especializados para a sua
administração.
Sabemos que
hoje encontramos muitos conflitos de difícil resolução na vida condominial que
foi necessário a criação de leis para promover o bom convívio e amenizar tais
conflitivas. No Brasil, somente em 1964, foi promulgada a lei 4591, a Lei do
condomínio, que traz um norteamento para
a organização de como viver harmonicamente em comunidade. Essas normas e regras devem ser conhecidas
e seguidas.
Cabe ao síndico zelar pelo
seu cumprimento para tornar possível e harmônico morar em comunidade onde um condômino faz um barulho infernal que não
deixa o vizinho descansar, o cachorro
late, o gemido do deleite sexual lhe desperta do sono, pagar a conta dos
inadimplentes, o barulho do sapato da madame do andar de cima que martela a
cabeça, os gritos e batidas das
crianças hiperativas.
Urge de
profissionais especializado na área condominial.
Há uma
variedade de cursos no mercado que buscam
um intercâmbio do conhecimento específico condominial com outras áreas de
saberes como : direitos humanos,
legislação trabalhista, tributária, contábeis, criminal, civil, gestão
condominial , gestão de conflitos etc. O profissional que atua na atividade
condominial necessita estar preparado para assumir os riscos decorrentes do
exercício da função.
Administrar
um ambiente condominial, onde residem pessoas com idéias , sentimentos ,
interesses , valores antagônicos e colidentes é um grande desafio. O que separa
uma família da outra é simplesmente uma
parede não blindada onde sabemos muito do nosso vizinho. A liberdade da vida em condomínio é limitada. Só é possível viver em harmonia
cumprindo regras e normas estabelecidas.
Somos cobrados a manter um
comportamento civilizado, sem que se perca a nossa individualidade e
identidade. Viver em coletividade é uma
arte, então saibamos produzir os mais
belos quadros vivos que
reflitam relacionamentos
amigáveis, saudáveis e duradouros.
Maida Santa Catarina
Psicóloga e
Gestora condominial.
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